Chuva na Amazônia depende do desmatamento
* Ecio Rodrigues
De um lado, o desmatamento, anual e persistente, que desde 2012 não fica
abaixo de 5.000 Km2 de área de floresta destruída na Amazônia.
De outro, a elevação da temperatura, tornando o calor insuportável na
Amazônia, com termômetros oscilando acima de 40º e acima disso no Acre, no
período seco, nos meses de julho a setembro.
Separar o impacto decorrente do aquecimento do planeta daquele devido à
destruição, nuca é demais repetir, anual e persistente das áreas de floresta na
Amazônia, tem atraído esforço inédito de cientistas em nível nacional e
internacional.
A prioridade na busca pela quantificação das consequências trazidas por
cada tipo diferente de causa, desmatamento e aquecimento do planeta, pode
confundir a cabeça dos menos envolvidos com o tema, mas é acertada e de certa
maneira bem simples.
Mesmo que o desmatamento represente expressiva fonte do aquecimento do
planeta, por isso a compreensível confusão mental, zerar a destruição das
florestas na Amazônia só depende dos brasileiros.
Da mesma maneira que a redução da temperatura do planeta será possível
somente com a participação de todos os países associados à Organização das
Nações Unidas, ONU, em especial os mais industrializados.
Em síntese, com soberania e autonomia ampla geral e irrestrita para
executar as soluções, bastante conhecidas por todos diga-se, de modo a zerar o
desmatamento da Amazônia só depende de nós, brasileiros.
Diversos estudos conseguiram demonstrar uma diferenciação, quase sempre
esquecida pelos acadêmicos e jamais lembrada pelos profissionais da imprensa
que se empenham em mostrar a tragédia das secas e alagações, significativa
entre os dois eventos.
Tentando esclarecer sem complicar a tese, bem atual, acerca das
consequências trazidas pelo desmatamento e aquelas resultantes do aquecimento
global, pode ser descrita assim:
Desmatamento tem impacto direto na chuva que cai ou não no local que foi
desmatado e indireto em outras regiões do país.
Aquecimento global tem influência direta na temperatura ao aumentar o
calor de maneira geral em todo planeta (por óbvio, uma região antes considerada
quente potencializará a sensação térmica).
Continuando com o raciocínio, ao colocar a destruição da floresta no centro
do debate sobre precipitação ou chuva, fica claro que as trágicas alagações e
secas possuem causa primordial no desmatamento da Amazônia e bem menos nas
mudanças do clima planetário.
Infelizmente, os jornalistas e gestores públicos preferiram associar a
última alagação no Acre ao aquecimento do planeta e a tudo mais que não o
desmatamento no próprio Acre e na Amazônia, erraram novamente, como sempre.
Zerar o desmatamento é uma decisão de política pública, em especial do
governo federal, que fará chover mais ou menos na Amazônia e no país. Simples
assim!
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