XIXÁ – Sterculia pruriens Aubl.

 * Pamella K. C. do Nascimento

 

TAXONOMIA

CLASSE: Magnoliopsida;

ORDEM: Malvales;

FAMÍLIA: Sterculiaceae;

NOMES COMUNS: xixá, urucurana-branca, arixá-branco, axixá;

 

DESCRIÇÃO

ALTURA: 7 a 40 metros;

TRONCO: 40 a 60 centímetros;

CASCA: quase lisa, grisácea, marrom escuro a cinza;

FLOR: rosa e branca;

FRUTO: cápsula, lenhosa, indeiscente, marrom-alaranjada;

 

BIOLOGIA REPRODUTIVA

FLORAÇÃO: janeiro a outubro;

FRUTOS MADUROS: abril a outubro e novembro a dezembro;

DISPERSÃO: zoocórica;

SEMENTE/KG: 130 unidades;

GERMINAÇÃO: 60%;

PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em recipientes individuais, com substrato organo-arenoso, em ambiente semi-sombreado e irrigar 2 vezes ao dia;

EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 20 a 30 dias;

PLANTIO DEFINITIVO: muda com 4 a 5 meses.

 

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA

É uma espécie heliófita e perenifólia, que cresce espontaneamente em floresta de terra firme, em solo argilo-arenoso e ocorrendo ocasionalmente em capoeiras.

Para obtenção de sementes, deve-se colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura dos frutos e queda espontânea das sementes.

As sementes não possuem dormência, dispensando assim, qualquer tratamento pré-germinativo.

Os frutos, além de fazer parte da alimentação da fauna, quando abertos, são utilizados como adornos, como cinzeiro, por exemplo. A madeira é usada na produção de caixa, carvão e lenha, sendo excelente matéria-prima para fabricação de celulose e papel, por sua elevada resistência à autorruptura, dobras, estouro e rasgo. A árvore pode ser usada no paisagismo em geral. Como planta heliófita, pode ser empregada em plantios mistos em áreas degradadas e em recuperação de APPs, além poder ser utilizada como cerca-viva.

DISTRIBUIÇÃO

A espécie ocorre no Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia.

Na mata ciliar do rio Acre é encontrada nos municípios de Capixaba e Xapuri (com maior IVI-Mata Ciliar).

REFERÊNCIAS

FLORA DO BRASIL 2020 EM CONSTRUÇÃO. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 23 Jul. 2019.

 

*Engenheira Florestal graduada pela Universidade Federal do Acre e pós-graduanda em Geoprocessamento pela UNYLEYA.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Política Nacional de Meio Ambiente, 40 anos depois

AMARELÃO – Aspidosperma vargasii A. DC., Aspidosperma parvifolium

MUIRACATIARA – Astronium lecointei Ducke.