MARUPÁ-PRETO – Simarouba amara Aubl.

 * Pamella K. C. do Nascimento

 

TAXONOMIA

CLASSE: Magnoliopsida;

ORDEM: Sapindales;

FAMÍLIA: Simaroubaceae;

NOMES COMUNS: marupá-preto, marupá, caixeta, arubá, marupaúba;

 

DESCRIÇÃO

ALTURA: 25 a 40 metros;

TRONCO: 50 a 90 centímetros;

CASCA: fissurada, descamante, cinza-escura a marrom;

FLOR: amarelada;

FRUTO: ovóide, elíptico, roxo-escuro;

 

BIOLOGIA REPRODUTIVA

FLORAÇÃO: agosto a setembro;

FRUTOS MADUROS: novembro a dezembro;

DISPERSÃO: ornitocórica (aves);

SEMENTE/KG: 3.770 unidades;

GERMINAÇÃO: 51% a 86%;

PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em canteiros ou recipientes individuais, com substrato organo-arenoso, em local semi-sombreado, cobri-las com uma leve camada do substrato peneirado e irrigar 2 vezes ao dia;

EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 20 a 40 dias;

PLANTIO DEFINITIVO: Muda com 4 a 5 meses.

 

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA

É uma espécie heliófita e semidecídua, característica da floresta pluvial, sendo encontrada no interior da mata primária densa, como em formações abertas, e em mata secundária.

Para obtenção de sementes, deve-se colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. No ato da semeadura imediata, não é necessário despolpar os frutos. No entanto, caso necessite armazenar as sementes é conveniente despolpá-los logo após a colheita.

As sementes não possuem dormência, dispensando assim, qualquer tratamento pré-germinativo.

A casca da raiz é um tônico usado em cozimento ou extratos contra fluxos serosos, hemorroidas, disenterias, febre intermitente e outros. O xarope obtido das folhas é usado contra tosse. A madeira é usada na confecção de móveis, molduras, esquadrias e outros. A planta fornece lenha e sombra e é usada como cerca-viva.

DISTRIBUIÇÃO

A espécie ocorre no Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Industrial, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

Na mata ciliar do rio Acre é encontrada somente no município de Porto Acre (com maior IVI-Mata Ciliar).

REFERÊNCIAS

CRUZ, E. D.; CORRÊA, J. F. Germinação de sementes de espécies amazônicas: marupá (Simarouba amara Aubl.). Belém: Embrapa Florestas, 2016. 4 p. (Comunicado técnico, 280).

FLORA DO BRASIL 2020 EM CONSTRUÇÃO. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 23 Jul. 2019.

 

*Engenheira Florestal graduada pela Universidade Federal do Acre e pós-graduanda em Geoprocessamento pela UNYLEYA.

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