ABIÚ-ROSA – Pouteria sp3., Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk.

 * Pamella K. C. do Nascimento

 

TAXONOMIA

CLASSE: Magnoliopsida;

ORDEM: Ericales;

FAMÍLIA: Sapotaceae;

NOMES COMUNS: abiú-rosa, abiu, abiurana, abiurana-vermelha, caimo;

 

DESCRIÇÃO

ALTURA: 6 a 24 metros;

TRONCO: 30 a 50 centímetros;

CASCA: fissurada, levemente sulcada, cinza-clara, latescente;

FLOR: branca a amarela-esverdeada;

FRUTO: baga, globosa, indeiscente, amarela;

 

BIOLOGIA REPRODUTIVA

FLORAÇÃO: dezembro a janeiro;

FRUTOS MADUROS: abril a outubro;

DISPERSÃO: zoocórica;

SEMENTE/KG: 240 unidades;

GERMINAÇÃO: 60% a 90%;

PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em canteiros ou recipientes individuais, em local semi-sombreado, com substrato rico em matéria orgânica e irrigar 2 vezes ao dia;

EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 28 a 50 dias;

PLANTIO DEFINITIVO: muda com 3 a 5 meses.

 

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA

É uma espécie heliófita e perenifólia, característica e exclusiva das florestas pluviais Amazônica e Atlântica, sendo comum em matas de terrenos de várzeas periodicamente inundadas.

Para obtenção de sementes, deve-se colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea ou recolhê-los no chão, sob a planta-matriz. Após isso, deve abri-los manualmente para a retirada das sementes. Não é necessário tratamento para quebra de dormência.

O fruto é comestível, podendo ser consumido in natura, sucos, iogurtes, geleias, sorvetes e outros. A casca da árvore é empregada como adstringente, antidisentérica, antidiarréica, febrífuga e antimalárica. As folhas em infusão podem ser usadas como contraceptivos. As folhas jovens maceradas e torradas desinfetam feridas.

A árvore pode ser usada em reflorestamentos heterogêneos para fins de recuperação de áreas degradadas e APPs.

DISTRIBUIÇÃO

A espécie ocorre no Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Na mata ciliar do rio Acre é encontrada somente no município de Rio Branco (com maior IVI-Mata Ciliar).

REFERÊNCIAS

FLORA DO BRASIL 2020 EM CONSTRUÇÃO. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 23 Jul. 2019.

 

*Engenheira Florestal graduada pela Universidade Federal do Acre e pós-graduanda em Geoprocessamento pela UNYLEYA.

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