PAXIÚBINHA – Socratea exorrhiza Mart.
* Pamella K. C. do
Nascimento
TAXONOMIA
CLASSE: Liliopsida;
ORDEM: Arecales;
FAMÍLIA: Arecaceae;
NOMES COMUNS: paxiúbinha,
paxiúba, castiçal, boba, cuhaca;
DESCRIÇÃO
ALTURA: 6 a 25 metros;
TRONCO: 15 a 16
centímetros;
CASCA: castanha-acinzentada
e lisa;
FLOR: amarela-creme;
FRUTO: ovóide,
cilíndrico, verde-amarelado;
BIOLOGIA
REPRODUTIVA
FLORAÇÃO: janeiro a dezembro;
FRUTOS MADUROS: maio
a julho;
DISPERSÃO: endozoocórica (fezes
da fauna);
SEMENTE/KG: 320
unidades;
GERMINAÇÃO: 90%
PRODUÇÃO
DE MUDAS: Dispor as sementes, logo que colhidas, em sacos de polietileno com
substrato arenoso e irrigar 2 vezes por dia;
EMERGÊNCIA
DE PLÂNTULAS: 45 a 70 dias;
PLANTIO
DEFINITIVO: muda com 60 centímetros.
INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA
É uma espécie perenifólia que pode ser encontrada
em mata de transição, mata ciliar, em florestas secundárias. Na Amazônia é
comum em floresta úmida, em solos aluviais que são periodicamente alagados
pelos rios e também em florestas altas, em solos bem drenados.
É uma palmeira com sistema radicular aéreo do tipo
suporte, que se multiplica por sementes, mas algumas mudas podem ser coletadas
sob a planta-matriz e levadas para o viveiro, para que atinjam o porte de
plantio.
O estipe da paxiúbinha possui lenho fibroso e
resistente, sendo empregado para a fabricação de bengalas, flautas, violas,
tambores, paredes e assoalhos de casas de populações ribeirinhas e outros usos.
As folhas são empregadas para coberturas de casas e possui propriedades
inseticida. A decocção do fruto e da casca do caule é um fitoterápico contra a
febre. A espécie é rústica e ótima para o paisagismo urbano, como em praças e
canteiros centrais de avenidas.
DISTRIBUIÇÃO
Ocorre no Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato
Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Na mata ciliar do rio Acre é encontrada nos
municípios de Epitaciolândia e Xapuri (com maior IVI-Mata Ciliar).
REFERÊNCIAS
Flora
do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio
de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>.
Acesso em: 23 Jul. 2019.
LUZ,
E. O. V. Socratea exorrhiza: potencial bioativo e teores de fenóis e
flavonoides. 2012, 105 p. Dissertação (Mestrado em Bioprospecção) - Centro
de Recursos Naturais, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, 2012.
*Engenheira
Florestal graduada pela Universidade Federal do Acre.
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