CARNAUBINHA – Copernicia prunifera (Miller.) H. E. Moore


* Pamella K. C. do Nascimento

TAXONOMIA
CLASSE: Liliopsida;
ORDEM: Arecales;
FAMÍLIA: Arecaceae;
NOMES COMUNS: carnaubinha, carnaúba, carnaíva, carandaúba;

DESCRIÇÃO
ALTURA: 10 a 15 metros;
TRONCO: 10 a 25 centímetros de diâmetro;
CASCA: acinzentada, parte em formato de espiral e outra lisa;
FLOR: cor creme, dispostas em espigas ralas;
FRUTO: ovóide, verde-escuro;

BIOLOGIA REPRODUTIVA
FLORAÇÃO: julho a outubro;
FRUTOS MADUROS: novembro a março;
DISPERSÃO: quiropterocórica (morcegos);
SEMENTE/KG: 380 unidades;
GERMINAÇÃO: 96%
PRODUÇÃO DE MUDAS: após tratamento pré-germinativo, dispor as sementes para germinar em canteiros semi-sombreados, contendo substrato organo-arenoso e irrigar diariamente;
EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 120 dias;
PLANTIO DEFINITIVO: muda com 6 a 7 meses.

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA
É uma palmeira perenifólia e heliófita. Vegeta socialmente, isto é, em populações puras ao longo de rios e vales, suportando alagamentos durante o período chuvoso.
Pode ocorrer também em associações com outras espécies, resistindo a elevados teores de salinidade do solo, o que é comum nas várzeas aluviais da caatinga.
A germinação e a emergência são lentas, sendo necessário a retirada do mesocarpo, fazer escarificação mecânica e deixar as sementes imersas em água destilada ou não, por 10 dias, trocando diariamente a água.
As folhas jovens fornecem a famosa “cera de carnaúba”, muito usada na confecção de velas, vernizes, lubrificantes, sabonetes e cosméticos. A madeira inteira é utilizada como postes, moirões, construções rústicas e lenha. Fragmentada ou serrada é empregada para caibros, barrotes, ripas, confecção de artefatos torneados como bengalas, caixas, etc. A palmeira pode ser utilizada no paisagismo urbano.

DISTRIBUIÇÃO
A espécie é disseminada em todos os Estados do território brasileiro.
Na mata ciliar do rio Acre é encontrada somente no município de Capixaba.

REFERÊNCIAS
ARAÚJO, L. H. B.; SILVA, R. A. R.; DANTAS, E. X.; SOUSA, R. F.; VIEIRA, F. A. 2013. Germinação de Sementes da Copernicia Prunifera: Biometria, pré-embebição e estabelecimento de mudas. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, 9(17): 1517-1528

Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 23 Jul. 2019.

*Engenheira Florestal graduada pela Universidade Federal do Acre.

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