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Mostrando postagens de julho, 2024

Uniforme olímpico brasileiro é ecológico demais e não de menos

* Ecio Rodrigues Triste acompanhar as discussões, que além de inúteis são na maioria baseadas em achismos sobre a ciência da sustentabilidade ecológica, em relação aos uniformes preparados pela empresa Riachuelo para cerimônia de abertura e encerramento das Olímpiadas de Paris. Deixando de lado ideias esquisitas sobre colonialismo europeu, (por sinal o uniforme dos portugueses são tradicionais e comportados) e outras besteirinhas mais inusitadas sobre divisão política na sociedade brasileira, as críticas em relação ao quesito sustentabilidade ecológica e social beiram ao ridículo. Três pontos centralizam as críticas sobre um falso apelo ecológico (greenwashing para os que preferem o termo em inglês sem tradução para o nosso português) do uniforme olímpico desenhado pela Riachuelo para o COB. O primeiro e talvez mais grave, diz respeito ao anúncio, pela Riachuelo, de que 100% do tecido usado na fabricação dos quase 1.000 uniformes dos atletas foram reciclados de aparas ou sobras...

Chuva na Amazônia depende do desmatamento

  * Ecio Rodrigues De um lado, o desmatamento, anual e persistente, que desde 2012 não fica abaixo de 5.000 Km 2 de área de floresta destruída na Amazônia.   De outro, a elevação da temperatura, tornando o calor insuportável na Amazônia, com termômetros oscilando acima de 40º e acima disso no Acre, no período seco, nos meses de julho a setembro.   Separar o impacto decorrente do aquecimento do planeta daquele devido à destruição, nuca é demais repetir, anual e persistente das áreas de floresta na Amazônia, tem atraído esforço inédito de cientistas em nível nacional e internacional.   A prioridade na busca pela quantificação das consequências trazidas por cada tipo diferente de causa, desmatamento e aquecimento do planeta, pode confundir a cabeça dos menos envolvidos com o tema, mas é acertada e de certa maneira bem simples.   Mesmo que o desmatamento represente expressiva fonte do aquecimento do planeta, por isso a compreensível confusão menta...

Japoneses levam substituição do alumínio por madeira ao espaço

* Ecio Rodrigues Demorou mais do que devia, mas a madeira finalmente foi reconhecida como matéria-prima preferencial para uso cotidiano em milhares de aplicações possíveis, do carro ao computador passando, em especial, pela construção civil. Sem qualquer razão plausível a madeira foi hostilizada por décadas pela porção mais desinformada do movimento ambientalista brasileiro, que ainda não admite que uma árvore seja derrubada, a despeito de ter sido plantada e cultivada em florestas para uso comercial (saiba mais aqui http://www.andiroba.org.br/artigos/?post_id=2257). Com equívoco assombroso e recorrente os ambientalistas cegos preferem defender o uso de minerais, com destaque para o alumínio como substituto da madeira nas janelas de prédios e residências de baixo custo destinadas a programas de habitação popular, que são oriundos de jazidas e explorados pela mineração até a exaustão. Não consegue entender, aquele ambientalista cabeça dura, e muitos ainda não compreendem o sign...

Criação extensiva de boi é a causa do fogo em Corumbá

  * Ecio Rodrigues Da mesma maneira que Corumbá concentra a maior porção da área alagada ocupada pelo bioma Pantanal, equivalente a 37% do total e expressivo 60% da parte sob a responsabilidade do Mato Grosso do Sul, também recebe 75% do fogo registrado nos últimos 30 dias. Por razões geográficas óbvias Corumbá é a Capital do Pantanal e embora não use essa marca para dinamizar sua economia, com o fortalecimento do turismo e da pesca, por exemplo, a sustentabilidade do cotidiano na cidade depende da ecologia da alagação do Pantanal. Resumindo, enquanto que para a economia as autoridades locais não conseguem enxergar o diferencial competitivo representado pelo exclusivo e único Pantanal, para o meio ambiente urbano a ocupação da cidade pode ser inviabilizada pela fumaça e calor proibitivos para a vida das pessoas. Mas a pergunta, repetida às tantas, e respondida com muita dificuldade pela maioria e, sobretudo com constrangedora indiferença pelos gestores públicos, estaduais e...

Bioeconomia florestal na Amazônia não pode esperar por 2030

  * Ecio Rodrigues Nunca é demais repetir a lógica de um raciocínio, em tese, simples. Vamos lá. Em 2015 os brasileiros assinaram o Acordo de Paris e se comprometeram em zerar o desmatamento da Amazônia a partir de 2030. A pecuária extensiva é a atividade produtiva hegemônica na região, que ocupa as terras com localização mais nobres, nas margens das rodovias (364, 317, 174, 230, 319...) e dos rios (Purus, Negro, Solimões, Madeira...). Para criar boi solto no pasto o produtor deve desmatar todos os anos posto que a viabilidade econômica da pecuária extensiva exige a incorporação regular de novas terras antes ocupadas por florestas. Bancos de fomento rural, em especial o Basa, fornecem o dinheiro por meio do necessário e imprescindível crédito oriundo do Fundo Constitucional do Norte (FNO) para cobrir os custos do desmatamento e do aumento do plantel de gado na Amazônia. Mesmo com intensidade de recursos públicos investidos na remuneração de fiscais e militares, e na com...