MIRINDIBA-BRANCA – Terminalia sp., Terminalia dichotoma G. Mey.


* Pamella K. C. do Nascimento

TAXONOMIA
CLASSE: Magnoliopsida;
ORDEM: Myrtales;
FAMÍLIA: Combretaceae;
NOMES COMUNS: mirindiba-branca, merendiba, capitão, tanibuca, cuiarana;

DESCRIÇÃO
ALTURA: 10 a 18 metros;
TRONCO: 30 a 40 centímetros;
CASCA: acinzentada, fissurada;
FLOR: verde a amarela;
FRUTO: sâmara, achatada, laranja-queimado a marrom;

BIOLOGIA REPRODUTIVA
FLORAÇÃO: setembro a outubro;
FRUTOS MADUROS: fevereiro a março;
DISPERSÃO: anemocórica;
SEMENTE/KG: 3.300 unidades;
GERMINAÇÃO: inferior a 20%;
PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes (frutos com ou sem as asas), em canteiros semi-sombreados preparados com substrato organo-arenoso, cobrindo-as com uma camada do substrato de espessura igual a sua altura e irrigar 2 vezes ao dia;
EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 40 a 50 dias;
PLANTIO DEFINITIVO: muda com 6 a 8 meses.

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA
É uma espécie heliófita ou esciófita e semidecídua, característica e exclusiva da floresta pluvial amazônica de terra firme, onde apresenta ampla, porém descontínua e irregular dispersão. É mais frequente ao norte do rio Amazonas, desde sua parte oriental até ocidental, preferencialmente em terrenos argilosos.
Para a obtenção de sementes, os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore, quando iniciarem a queda espontânea, cortando-se as infrutescências e batendo-as sobre uma lona, por exemplo, para derriçar os frutos. Estes já podem ser considerados sementes para o efeito da semeadura, uma vez que a retirada das sementes é muito difícil.
A madeira, moderadamente pesada é indicada para construção civil, na confecção de vigas, esteios, caibros, ripas, tacos e tábuas para assoalhos e na confecção de móveis. A árvore, por ter um rápido crescimento, é recomendada para cultivo, paisagismo de parques e jardins e arborização urbana, como também na composição de reflorestamentos.
DISTRIBUIÇÃO
Ocorre nos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima.
Na mata ciliar do rio Acre é encontrada nos municípios de Capixaba, Epitaciolândia, Rio Branco e Senador Guiomard (com maior IVI-Mata Ciliar).

REFERÊNCIAS
FLORA DO BRASIL 2020 EM CONSTRUÇÃO. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 23 Jul. 2019.

*Engenheira Florestal graduada pela Universidade Federal do Acre.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Política Nacional de Meio Ambiente, 40 anos depois

AMARELÃO – Aspidosperma vargasii A. DC., Aspidosperma parvifolium

MUIRACATIARA – Astronium lecointei Ducke.