JENIPAPO – Genipa americana L.

 * Pamella K. C. do Nascimento

 

TAXONOMIA

CLASSE: Magnoliopsida;

ORDEM: Gentianales;

FAMÍLIA: Rubiaceae;

NOMES COMUNS: jenipapo, jenipá, jenipaba, jenipapeiro, janapabeiro;

 

DESCRIÇÃO

ALTURA: 8 a 14 metros;

TRONCO: 40 a 60 centímetros;

CASCA: lisa a áspera, presença de lenticelas, cinza-esverdeada, placas brancas;

FLOR: amarela;

FRUTO: ovóide, marrom-claro;

 

BIOLOGIA REPRODUTIVA

FLORAÇÃO: maio a setembro;

FRUTOS MADUROS: setembro a abril;

DISPERSÃO: zoocórica;

SEMENTE/KG: 14.280 unidades;

GERMINAÇÃO: 65% a 100%;

PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em canteiros ou recipientes individuais, em local semi-sombreado, com substrato argiloso e irrigar diariamente;

EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 25 a 45 dias;

PLANTIO DEFINITIVO: muda com 7 a 9 meses.

 

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA

É uma espécie heliófita e semidecídua, característica de florestas pluviais e semidecíduas, localizadas em várzeas úmidas e brejosas, ocorrendo em outras florestas, sempre em terrenos muito úmidos.

Para obtenção de sementes, deve-se colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão sob a planta-matriz. A despolpa é manual sob água corrente dentro de uma peneira, deixando as sementes secar à sombra.

As sementes não possuem dormência, devendo ser semeadas logo que colhidas.

Os frutos quando verdes, fornecem suco de cor azulada que é consumido e usado como corante. Quando maduros, fornecem polpa aproveitada in natura e na forma de doces. A madeira é útil na marcenaria, construção civil, confecção de móveis, peças curvadas, batentes de portas e janelas, carrocerias e outros. A árvore é indicada para plantios mistos em áreas brejosas, degradadas e APPs.

DISTRIBUIÇÃO

A espécie ocorre em todo o território nacional, exceto no Estado de Rio Grande do Sul.

Na mata ciliar do rio Acre é encontrada somente no município de Brasiléia (com maior IVI-Mata Ciliar).

REFERÊNCIAS

FLORA DO BRASIL 2020 EM CONSTRUÇÃO. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 23 Jul. 2019.

 

*Engenheira Florestal graduada pela Universidade Federal do Acre e pós-graduanda em Geoprocessamento pela UNYLEYA.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Política Nacional de Meio Ambiente, 40 anos depois

AMARELÃO – Aspidosperma vargasii A. DC., Aspidosperma parvifolium

GAMELEIRA – Ficus sp2., Ficus gomelleira Gard.