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Mostrando postagens de junho, 2025

Reflorestamento conservacionista será prioridade na COP30

* Ecio Rodrigues A discussão sobre quais as espécies florestais que devem ser usadas para recuperar com plantio de árvores, ou reflorestar, a área degradada na Amazônia se arrasta por mais de 30 anos. Com razões óbvias, uma vez que o solo degradado em sua imensa maioria foi usado reiteradamente na atividade de criação extensiva de gado e, em mais de 95% dos casos, com emprego da nefasta prática agrícola da queimada, a seleção das árvores esbarra na adoção de duas estratégias até hoje irreconciliáveis. Ou as árvores são plantadas exclusivamente para recuperar o solo destruído pelo cultivo de capim e pisoteio do gado contribuindo assim para restaurar a floresta que existia antes do pasto, ou a venda de algum produto originado no tronco, folha ou fruto da árvore justificaria o investimento financeiro no oneroso plantio. Na segunda e mais defendida estratégia os economistas e contadores se esforçavam em encontrar uma relação benefício x custo na análise de investimento que atraísse...

Finalmente, Lei Geral do Licenciamento Ambiental foi aprovada no Senado

  * Ecio Rodrigues Desde 2021 os senadores se esquivavam de sua responsabilidade ao deixar engavetado, de maneira inadmissível, o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, aprovado pelos Deputados Federais. Quando tramitou na Câmara dos Deputados, por mais de 15 anos e após um longo e complexo processo de discussão, entre os parlamentares e com a sociedade, o projeto foi melhorado de modo a alcançar relativo consenso, entre aqueles que dependem do instituto do licenciamento ambiental. Incluído na Lei nº 6.938 de 1981, que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente, PNMA, o processo de licenciamento ambiental de atividades consideradas potencialmente poluidoras representou um considerável avanço para o monitoramento e controle da qualidade ambiental em todo país. Considerada inovadora para a época a PNMA também foi ousada no sentido de criar todo um sistema nacional de meio ambiente, conhecido por Sisnama, com um conjunto de órgãos de controle atuando em âmbito fe...

Quantos SOS BR 364 o Acre ainda vai repetir?

  * Ecio Rodrigues Parece aquela novela da pior qualidade, mas a cada dois anos depois da pavimentação reinaugurada começa a ladainha pela falta de manutenção da rodovia BR 364, no trecho ligando a capital do Acre até Cruzeiro do Sul. Ninguém, e em nenhum momento, se preocupa em discutir a capacidade do governo federal, por meio de seu órgão especializado o DNIT, em conseguir dispor de dinheiro (agora orçado em 1 bilhão de reais) e de condições operacionais para conservar a rodovia. Sendo que nunca conservou! Há razoáveis e robustas estatísticas demonstrando que esse caminho não tem qualquer chance de sucesso. O fracasso é evidente e foi repetido às tantas, com maior estardalhaço e menor interstício desde o final do século passado. Políticos, fora do Poder Executivo, acusam os gestores da vez de duas repetidas atitudes. A primeira remete ao tradicional abandono do poder central em Brasília para com o Acre, algo que ocupa o imaginário da população, como se o povo brasile...

COP30 divulgará exploração da biodiversidade florestal na Amazônia

  * Ecio Rodrigues Existe uma pergunta que se repete, tal qual ladainha, ano após ano, em todas as 29 conferencias realizadas antes da COP30, que acontecerá em Belém do Pará, em novembro próximo. Dado que a engenharia florestal brasileira e mais uma ruma de pesquisadores e especialistas de tudo que é formação conceberam, desde a década de 1980 do século passado, todo pacote de tecnologia que permite explorar de modo sustentável e permanente a biodiversidade florestal da Amazônia, o que impede de ser colocado em prática? Duas respostas também são repetidas, tal qual ladainha. A primeira, como de sempre, se refere ao dinheiro necessário para realizar os investimentos para instalação de unidades de produção. Considerando que são inovações, há um risco elevado em relação ao retorno do capital investido. De maneira legítima, o empresário, não somente aqui, mas em todo mundo, não costuma investir o próprio dinheiro em atividades que mostram retorno de alto risco por depender ...

COP30 pode mudar visão sobre o desenvolvimento da Amazônia

  * Ecio Rodrigues Pode parecer que não, mas a Conferencia das Partes para as negociações dos acordos originados da Convenção do Clima, conhecidas simplesmente por COP, desde a Rio92 promoveram avanços significativos na mitigação da crise originada pelo   aquecimento do planeta. Desde que foi superado o período em que faltavam comprovações sobre o aumento da temperatura, lá pelo final do século passado e após um contundente relatório do Painel de Cientistas da ONU, ou IPCC da sigla em inglês, todos os países do planeta assumiram compromissos para reduzir o impacto global resultante da alteração do clima. Por aqui não foi diferente. Deixando de lado ou tentando esquecer o nebuloso período entre os anos 2018-2022, em que a liderança nacional em Brasília não tinha competência para entender a dimensão do problema, os brasileiros acertaram em várias medidas de controle da carga nacional de carbono jogado na atmosfera. Com elevado peso na emissão de carbono decorrente do d...