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Mostrando postagens de fevereiro, 2024

Petróleo será explorado na Margem Equatorial e onde mais for viável até 2050

  * Ecio Rodrigues Há 20 anos, um conflito entre o Ministério da Agricultura e o de Meio Ambiente dominou os noticiários com declarações fortes a favor e contra, respectivamente, a produção de alimentos modificados geneticamente, para os jornalistas apenas transgênicos. Naquela época, ambientalistas pouco preparados e com posição radical contrária aos transgênicos defendiam que os rótulos dos produtos, sucrilhos por exemplo, que usassem milho modificado estampasse, não somente no rótulo mas nos materiais de divulgação, um alerta para o consumidor do tipo: cuidado produto transgênico. Muitos cientistas, inclusive aqueles que atuavam junto a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, CTNBio, esclareceram que os transgênicos haviam sido mais estudados que os produtos geneticamente melhorados por cruzamentos ao longo do tempo e que não havia dúvida sobre sua segurança para consumo. Os mesmos ambientalistas, por suposto, que hoje apontam o dedo para negacionistas da ciência em ...

Industrializar a biodiversidade florestal da Amazônia é a saída

* Ecio Rodrigues Existe uma dificuldade crônica e, até hoje, insuperável para industrializar um leque de produtos oriundos da biodiversidade florestal da Amazônia e duas verdades científicas ajudam a explicar o impasse na indústria da biodiversidade. De um lado há elevados riscos para conseguir retornos compatíveis aos investimentos quando se trata da manufatura de sementes florestais, óleo de buriti ou seiva de jatobá, por exemplo. Por outro lado, as dificuldades criadas pelos órgãos de controle ambiental, sobretudo o Ibama e ICMBio, adicionam aos riscos inerentes ao retorno do capital uma insegurança jurídica que torna o investimento particular quase inacreditável. É notória e reiterada tal qual ladainha pelo empresariado regional a hostilidade dos técnicos e fiscais da esfera ambiental nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal) quando requisitados para elaborar parecer sobre algum tipo de investimento empresarial privado na Amazônia. Some-se ao risco econôm...

Plantar um trilhão de árvores para reduzir temperatura do planeta

* Ecio Rodrigues Existe um exemplo, didático e bastante repetido nas faculdades de Engenharia Florestal país afora para explicar a relação entre a quantidade de carbono, que é o principal responsável pelo aquecimento do planeta de maneira perigosa, existente na atmosfera e as árvores. Para quem desconhece o tema a árvore é formada, basicamente, de lignina e celulose. A primeira é muito usada na indústria de colas e tintas. A celulose, por sua vez, é bem mais conhecida e está presente no cotidiano. Após passar por um processo industrial um tanto simples, a celulose se transforma em cadernos, notas de dinheiro, envelopes, fraldas e um monte de tipos de papeis para escrita e impressão. Com variações entre as espécies arbóreas, mais de 80% do peso das árvores representam compostos de carbono, ou seja, a cada tonelada de madeira tirada das árvores 800 quilos, no mínimo, é carbono. Voltando ao exemplo didático, devido à altíssima concentração de carbono na madeira das árvores, esti...