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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

XIXÁ – Sterculia pruriens Aubl.

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Malvales; FAMÍLIA: Sterculiaceae; NOMES COMUNS: xixá, urucurana-branca, arixá-branco, axixá;   DESCRIÇÃO ALTURA: 7 a 40 metros; TRONCO: 40 a 60 centímetros; CASCA: quase lisa, grisácea, marrom escuro a cinza; FLOR: rosa e branca; FRUTO: cápsula, lenhosa, indeiscente, marrom-alaranjada;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: janeiro a outubro; FRUTOS MADUROS: abril a outubro e novembro a dezembro; DISPERSÃO: zoocórica; SEMENTE/KG: 130 unidades; GERMINAÇÃO: 60%; PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em recipientes individuais, com substrato organo-arenoso, em ambiente semi-sombreado e irrigar 2 vezes ao dia; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 20 a 30 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 4 a 5 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita e perenifólia, que cresce espontaneamente em floresta de terra firme, em sol...

Ampliar a resiliência dos rios é o caminho

  * Ecio Rodrigues Publicado originalmente em 05/04/2015, esse artigo discute a recorrência de eventos extremos (seca e alagação) no rio Acre. Se antes o intervalo temporal entre uma alagação e outra levava a sociedade e o poder público a esquecer da anterior, nos últimos 15 anos esse intervalo vem diminuindo, e os eventos extemos ocorrem de maneira cada vez mais próxima no tempo. Ou seja, não há razão para que os gestores públicos estaduais e municipais não planejem ações para minimizar as consequências. A saída está no aumento da resiliência dos rios, como se afirmou naquela época.   Diante das novas características do clima (embora muitos não acreditem, é fato que o clima não é o mesmo), com consequências drásticas no regime de chuvas (é fato que a distribuição das chuvas não é a mesma), e, por conseguinte, na vazão dos rios (é fato que a vazão dos rios não é a mesma), parece razoável discutir as novas atribuições que se impõem às administrações públicas. As estatís...

MUTAMBA – Guazuma sp., Guazuma ulmifolia Lam.

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Malvales; FAMÍLIA: Sterculiaceae; NOMES COMUNS: mutamba, mutambo, fruta-de-macaco, embira, embireira;   DESCRIÇÃO ALTURA: 8 a 16 metros; TRONCO: 30 a 50 centímetros; CASCA: áspera, se desprende em tiras, marrom-escura; FLOR: amarela-clara; FRUTO: cápsula, subglobosa, seca, escuro quase preto;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: janeiro a agosto; FRUTOS MADUROS: agosto a setembro; DISPERSÃO: zoocórica; SEMENTE/KG: 164.000 unidades; GERMINAÇÃO: 50% a 80%; PRODUÇÃO DE MUDAS: após quebra de dormência, dispor as sementes em canteiros ou recipientes individuais, com substrato organo-argiloso, em local com 40% de sombreamento e irrigar 2 vezes ao dia; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 6 a 14 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 4 a 5 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita, semidecídua e pioneira, que ocorre das formações secun...

Rio Acre vai alagar? Novamente a ladainha

  * Ecio Rodrigues Seria demais acreditar que jornalistas com pouca formação pudessem esclarecer para a população o que levou o igarapé São Francisco, um dos três principais tributários da margem esquerda do rio Acre e que atravessa toda a capital, Rio Branco, a transbordar e deixar mais de 400 famílias dentro d’água. Por outro lado, é praticamente impossível conseguir uma nota técnica de um órgão oficial ou a opinião de algum perito que explique de que maneira esse evento atípico deixou alagados alguns bairros. No final das contas, toda a mídia local, sem exceção, mais uma vez, deu início à já usual ladainha de início de ano, resumida na pergunta sem resposta: o rio Acre vai alagar? Na falta de autoridade pública com estatura técnica confiável para informar e passar alguma tranquilidade, a população, por seu turno, levanta hipóteses e acaba por acreditar no que melhor lhe convier. Duas delas chamam a atenção. A primeira sugere que o rio Acre é o culpado. Com o aumento da...

MARUPÁ-PRETO – Simarouba amara Aubl.

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Sapindales; FAMÍLIA: Simaroubaceae; NOMES COMUNS: marupá-preto, marupá, caixeta, arubá, marupaúba;   DESCRIÇÃO ALTURA: 25 a 40 metros; TRONCO: 50 a 90 centímetros; CASCA: fissurada, descamante, cinza-escura a marrom; FLOR: amarelada; FRUTO: ovóide, elíptico, roxo-escuro;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: agosto a setembro; FRUTOS MADUROS: novembro a dezembro; DISPERSÃO: ornitocórica (aves); SEMENTE/KG: 3.770 unidades; GERMINAÇÃO: 51% a 86%; PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em canteiros ou recipientes individuais, com substrato organo-arenoso, em local semi-sombreado, cobri-las com uma leve camada do substrato peneirado e irrigar 2 vezes ao dia; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 20 a 40 dias; PLANTIO DEFINITIVO: Muda com 4 a 5 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita e semidecídua, característ...

Extinguir ICMBio é retrocesso perigoso

  * Ecio Rodrigues O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, conhecido pelo acrônimo ICMBio, foi criado em 2007 e, ainda que sua denominação não explicite, tem a missão institucional de gerir o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, SNUC. A criação de um órgão nos moldes do ICMBio era reinvindicação antiga. Desde a aprovação da Lei do SNUC (Lei 9.985/2000), havia demanda social por um órgão com a incumbência de gerenciar o sistema e se encarregar das unidades de conservação instituídas pelo governo federal, que hoje somam mais de 800, distribuídas no território nacional. Essa demanda, por sinal, surgiu a partir da aprovação, em 1981, da Política Nacional de Meio Ambiente, que conferiu prioridade à criação de áreas legalmente protegidas do modelo de ocupação produtiva que acontece fora delas. Implantadas por ato específico, que define seus limites, as unidades de conservação sujeitam-se a regras de proteção diferenciadas. Dessa forma, gozam de relativa...

ABIÚ-ROSA – Pouteria sp3., Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk.

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Ericales; FAMÍLIA: Sapotaceae; NOMES COMUNS: abiú-rosa, abiu, abiurana, abiurana-vermelha, caimo;   DESCRIÇÃO ALTURA: 6 a 24 metros; TRONCO: 30 a 50 centímetros; CASCA: fissurada, levemente sulcada, cinza-clara, latescente; FLOR: branca a amarela-esverdeada; FRUTO: baga, globosa, indeiscente, amarela;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: dezembro a janeiro; FRUTOS MADUROS: abril a outubro; DISPERSÃO: zoocórica; SEMENTE/KG: 240 unidades; GERMINAÇÃO: 60% a 90%; PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em canteiros ou recipientes individuais, em local semi-sombreado, com substrato rico em matéria orgânica e irrigar 2 vezes ao dia; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 28 a 50 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 3 a 5 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita e perenifólia, característica e exclusiva das florestas...

77% dos brasileiros querem mais unidades de conservação na Amazônia

  * Ecio Rodrigues Pesquisa encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), realizada em âmbito nacional, indica um alto grau de preocupação dos brasileiros em relação à agenda ambiental nacional, em especial no caso da Amazônia. Levado a cabo pelo Instituto FSB de Pesquisa, o levantamento contratado pela CNI foi apresentado durante o Fórum Amazônia+21, evento virtual promovido pela Federação das Indústrias de Rondônia, conjuntamente com a Prefeitura de Porto Velho, entre 4 e 6 de novembro de 2020. Como asseverou a CNI, a pesquisa é reveladora quanto à percepção dos brasileiros em torno do desenvolvimento econômico da Amazônia. De pronto, é possível constatar que os resultados rechaçam a ideia da intocabilidade da Amazônia – como defendem os ambientalistas mais ortodoxos, ditos preservacionistas, que acreditam na utopia de uma floresta amazônica supostamente despovoada e, por isso, protegida da ação humana. Com efeito, e segundo a pesquisa, para 95% dos brasile...