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Mostrando postagens de novembro, 2019

IPÊ-ROXO – Tabebuia heptaphylla, Handroanthus heptaphyllus

* Pamella K. C. do Nascimento TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Lamiales; FAMÍLIA: Bignoniaceae; NOMES COMUNS: ipê-roxo, ipê, ipê-rosa, pau-d’arco-roxo, ipê-preto; DESCRIÇÃO ALTURA: 10 a 20 metros; TRONCO: 40 a 80 centímetros; CASCA: acinzentado, pouco espessa; FLOR: roxa-violácea; FRUTO: seco, deiscente, linear e sinuoso; BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: julho a setembro; FRUTOS MADUROS: setembro a outubro; DISPERSÃO: anemocórica; SEMENTE/KG: 13.500 a 35.000 unidades; GERMINAÇÃO: 60% PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes para germinar logo que colhidas, em canteiros ou embalagens individuais contendo solo argiloso rico em matéria orgânica, cobrindo levemente as sementes com substrato peneirado, mantendo-as em ambiente semi-sombreado; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 10 a 12 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 4 meses. INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie decídua e heliófita, com dispersão ampla, porém, bastante esparsa,...

Maior tragédia ambiental do país, desmatamento dispara na Amazônia

* Ecio Rodrigues Desnecessário mencionar que a redução do desmatamento na Amazônia, longe de reclamar ações baseadas em fundamentalismo ideológico, exige empenho para compreender as motivações que levam o produtor rural a investir nessa nefasta prática todos os anos. Ao constatar um aumento de 29,50% na taxa de desmatamento da Amazônia, no período que vai de 01/08/2018 a 31/07/2019, o reconhecido Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) confirmou a acentuada tendência de elevação prevista pelos cientistas. Sem temer as já habituais represálias por parte do próprio governo que integra, o Inpe deixou claro que a destruição da floresta amazônica em 2019 representa recorde em valores absolutos para os últimos 10 anos. Desde 2008 não acontecia desmatamento superior a 8.000 Km 2 . À época, todavia, observava-se uma tendência animadora de redução, que vinha desde 2005, tendo possibilitado, inclusive, o festejado patamar de menos de 5.000 Km 2 desmatados em 2012. A alegria d...

PAXIÚBINHA – Socratea exorrhiza Mart.

* Pamella K. C. do Nascimento TAXONOMIA CLASSE: Liliopsida; ORDEM: Arecales; FAMÍLIA: Arecaceae; NOMES COMUNS: paxiúbinha, paxiúba, castiçal, boba, cuhaca; DESCRIÇÃO ALTURA: 6 a 25 metros; TRONCO: 15 a 16 centímetros; CASCA: castanha-acinzentada e lisa; FLOR: amarela-creme; FRUTO: ovóide, cilíndrico, verde-amarelado; BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: janeiro a dezembro; FRUTOS MADUROS: maio a julho; DISPERSÃO: endozoocórica (fezes da fauna); SEMENTE/KG: 320 unidades; GERMINAÇÃO: 90% PRODUÇÃO DE MUDAS: Dispor as sementes, logo que colhidas, em sacos de polietileno com substrato arenoso e irrigar 2 vezes por dia; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 45 a 70 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 60 centímetros. INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie perenifólia que pode ser encontrada em mata de transição, mata ciliar, em florestas secundárias. Na Amazônia é comum em floresta úmida, em solos aluviais que são periodicamente alagados pelos ...

Adeus, senhor ditador

* Ecio Rodrigues Para Carlos Matus, economista chileno e autor de farta literatura sobre organização e gestão do Estado, a falta de planejamento é fator determinante para o fracasso de um mandato governamental. No célebre livro “Adiós, señor presidente”, publicado originalmente em 1987, Matus usa uma alegoria para explicar o método PES (Planejamento Estratégico Situacional), por ele desenvolvido: a melancólica despedida de um presidente que termina seu mandato sem realizações ou legados, deixando o país pior do que encontrou. No caso da Bolívia, todavia, o êxito de três mandatos presidenciais consecutivos não impediu a derrocada constrangedora de Evo Morales. Durante o Governo Evo, o PIB boliviano cresceu mais de 4% ao ano, bem acima da média da América Latina para o período (e ainda mais acima da média brasileira). Também houve considerável redução da miséria, sendo que, hoje, o contingente populacional em situação de pobreza naquele país corresponde à metade do que existi...

JARINA – Phytelephas macrocarpa Ruiz et Pav.

* Pamella K. C. do Nascimento TAXONOMIA CLASSE: Liliopsida; ORDEM: Arecales; FAMÍLIA: Arecaceae; NOMES COMUNS: Jarina, jarine, coco-jarina, corozo; DESCRIÇÃO ALTURA: 1,5 A 2 metros; TRONCO: 30 centímetros, acaule, ocasionalmente cespitoso; CASCA: coberto por bainhas de folhas persistentes no ápice; FLOR: amarela-creme, perfumada; FRUTO: drupa globosa, com 9 frutos concrescentes, marrom-cinza; BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: agosto a setembro; FRUTOS MADUROS: maio a outubro; DISPERSÃO: zoocórica; SEMENTE/KG: 40 unidades; GERMINAÇÃO: 65% a 96% PRODUÇÃO DE MUDAS: após a seca natural das sementes (4 semanas a 4 meses), dispor as mesmas em canteiros, com substrato rico em matéria orgânica em local com 50% de sombreamento e irrigar diariamente; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: até 4 anos; PLANTIO DEFINITIVO: não se tem informação. INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie perenifólia e esciófita que se desenvolve espontaneamente nas pla...

A COP 25 e os estúpidos

* Ecio Rodrigues Logo depois que saiu o resultado das eleições de 2018 aqui no Brasil, o movimento ambientalista foi surpreendido por duas decisões descabidas do governo recém-eleito: extinguir o Ministério do Meio Ambiente, MMA, e não permitir que o país sediasse a conferência da ONU para o clima. Da primeira houve recuo, e o MMA continuou a existir. Decidir e recuar, aliás, acabou por se tornar uma espécie de “modus operandi” dos novos gestores, a despeito de refletir incompetência e instabilidade. Mas a segunda decisão foi mantida – e o Brasil, lamentavelmente, perdeu a chance de recepcionar a 25ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, ou COP 25. As conferências das partes são relevantes eventos vinculados às convenções-quadro da ONU pactuadas durante a Rio 92. No caso da Convenção do Clima, essas conferências vêm ocorrendo anualmente desde 1995, sendo que no decorrer da COP 21 (2015) foi assinado o Acordo de Paris, o mais importa...

INAJÁ – Maximiliana maripa (Aubl.) Drude

* Pamella K. C. do Nascimento TAXONOMIA CLASSE: Liliopsida; ORDEM: Arecales; FAMÍLIA: Arecaceae; NOMES COMUNS: inajá, anajá, anajax, coqueiro-anaiá, najá-coqueiro; DESCRIÇÃO ALTURA: 10 a 18 metros; TRONCO: 15 a 25 centímetros de diâmetro; CASCA: acinzentada; FLOR: amarela-alaranjada; FRUTO: oblongo elipsoide, castanho-alaranjado; BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: julho; FRUTOS MADUROS: novembro; DISPERSÃO: zoocórica; SEMENTE/KG: 55 unidades; GERMINAÇÃO: 28% a 30% PRODUÇÃO DE MUDAS: colocar os frutos para germinar, logo que colhidos, em canteiros ou diretamente em sacos de polietileno, contendo substrato argiloso rico em matéria orgânica e irrigar diariamente; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 180 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 50 a 60 centímetros. INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie perenifólia e heliófita, característica da mata alta de terra firme, em solos areno-argilosos. Entretanto, é nas áreas de vegetação aberta secu...

Trigo que consumimos foi melhorado por 8.000 anos

* Ecio Rodrigues Vez ou outra, jornalistas desinformados gritam contra decisões da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) que autorizam a pesquisa sobre organismos geneticamente modificados (OGM) – muitas vezes chamados, sob um tanto de equivoco e preconceito, de transgênicos. Aos pouco familiarizados, a CTNBio foi criada pela Lei 11.105/2005, é   subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e tem a missão de assessorar a execução da Política Nacional de Biossegurança para assuntos relacionados a OGM. Existe desinformação de sobra sobre melhoramento genético e OGM, sendo que o primeiro é praticado pela humanidade desde sua sedentarização, enquanto o segundo ganhou expressão no final do século passado e é considerado uma crucial inovação tecnológica para o primeiro. Todo o trigo hoje consumido no mundo passou por longo processo de melhoramento genético. Significa dizer que, ao saborearmos o nosso tão tradicional pãozinho francês no café da manhã, estamos ...