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Mostrando postagens de setembro, 2020

MANITÊ – Brosimum uleanum, Brosimum alicastrum subsp. bolivarense

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Rosales; FAMÍLIA: Moraceae; NOMES COMUNS: manitê, ramamuri, tamanuri;   DESCRIÇÃO ALTURA: 35 a 50 metros; TRONCO: até 120 centímetros; CASCA: lisa, acinzentada, latescente; FLOR: amarela a verde; FRUTO: infrutescência, subglobosa, amarelo a laranha-acastanhada;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: novembro a maio; FRUTOS MADUROS: maio a outubro; DISPERSÃO: zoocórica; SEMENTE/KG: 300 a 650 unidades; GERMINAÇÃO: 50%; PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes em embalagens individuais, mantidas em local semi-sombreaado e preenchidas com substrato organo-argiloso, cobrindo-as com uma camada do substrato peneirado e irrigar diariamente; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 20 a 35 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 3 a 4 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita ou esciófita e semidecídua, característica da floresta tropical decídua,...

PAMA-VERMELHA – Brosimum sp., Brosimum rubescens Taub.

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Rosales; FAMÍLIA: Moraceae; NOMES COMUNS: pama-vermelha, canduru, pau-vermelho, falso-pau-brasil;   DESCRIÇÃO ALTURA: 20 a 30 metros; TRONCO: 50 a 70 centímetros; CASCA: lisa, acinzentada, latescente; FLOR: amarela; FRUTO: infrutescência, globosa, amarela a avermelhada;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: novembro a janeiro; FRUTOS MADUROS: fevereiro a abril; DISPERSÃO: zoocórica; SEMENTE/KG: 300 a 650 unidades; GERMINAÇÃO: 50%; PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em embalagens individuais, mantidas em local semi-sombreaado e preenchidas com substrato organo-argiloso, cobrindo-as com uma camada do substrato peneirado e irrigar diariamente; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 40 a 60 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 3 a 4 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie climáx, perenifólia e esciófita característica ...

Coalizão de ONGs com agronegócio é inédita, as 6 propostas nem tanto

* Ecio Rodrigues Numa articulação inédita, um grupo de organizações não governamentais (entidades que costumam ser execradas pelo governo federal) se uniu a um pool de empresas do agronegócio (tratadas, por sua vez, com muito carinho pelo Ministério do Meio Ambiente) para apresentar propostas direcionadas a conter o desmatamento na Amazônia. Intitulado “Ações para a Queda Rápida do Desmatamento”, o documento resultante dessa articulação, assinado por mais de 200 organizações e indivíduos que representam setores do agronegócio; instituições financeiras; organizações não governamentais ou da sociedade civil; acadêmicos e pesquisadores, aponta 6 medidas – que, entretanto, são decepcionantes. Antes das críticas, importa reconhecer o esforço realizado por esses atores sociais ao se articular no âmbito de um movimento autodenominado (de forma um tanto pomposa) “Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura”. Não há dúvida que o concerto entre atores e agentes econômicos proeminentes...

INHARÉ – Brosimum alicastrum Sw.

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Rosales; FAMÍLIA: Moraceae; NOMES COMUNS: inharé, guaimaro;   DESCRIÇÃO ALTURA: 20 a 40 metros; TRONCO: 100 a 150 centímetros; CASCA: fina, acinzentada, latescente; FLOR: solitária, amarela-esverdeada; FRUTO: baga, globosa, amarela-alaranjada;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: setembro a dezembro; FRUTOS MADUROS: fevereiro a abril; DISPERSÃO: zoocórica; SEMENTE/KG: 300 a 350 unidades; GERMINAÇÃO: 50%; PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em canteiros ou recipientes individuais, com substrato 40% de terra vermelha, 40% de composto orgânico e 20% de areia, em local 50% sombreado e irrigar diariamente; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 20 a 35 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 3 a 4 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita ou esciófita e semidecídua, característica da floresta tropical decídua. Embo...

“Rio Acre vai secar?” – Começou a ladainha

  * Ecio Rodrigues Ano após ano, especialmente na última década do século passado, a partir do momento em que o rio Acre, que deveria ser considerado um valioso patrimônio natural do estado, se transformou em pesadelo para os gestores públicos, quando chega a época da seca começa a ladainha da imprensa: “Vai secar?” “Vai apartar?” A resposta a essas perguntas e também àquela feita em janeiro (“Vai alagar?”) estimula uma série de conjecturas inúteis e especulações ridículas. O que está errado, todavia, é a pergunta. Flutuações de vazão em rios amazônicos são ocorrência naturais, e a distância entre a maior vazão e a menor será tanto mais significativa quanto for a degradação florestal existente na respectiva bacia hidrográfica. Nunca é demais repetir, a destruição da floresta está na raiz das principais mazelas da Amazônia e, por óbvio, do Acre. Para dizer de forma técnica. A resiliência do rio Acre é diretamente proporcional à quantidade de biomassa florestal existente ...

MURURÉ – Brosimum acutifolium Hub.

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Rosales; FAMÍLIA: Moraceae; NOMES COMUNS: mururé, moruré, congona, mapuré-pagê, mururê;   DESCRIÇÃO ALTURA: 15 a 25 metros; TRONCO: 40 a 80 centímetros; CASCA: fina, quase lisa, acinzentada, latescente; FLOR: creme a branca; FRUTO: infrutescência, globosa, vermelha;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: janeiro a dezembro; FRUTOS MADUROS: novembro a dezembro; DISPERSÃO: zoocórica; SEMENTE/KG: 650 unidades; GERMINAÇÃO: superior a 50%; PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em canteiros à pleno sol ou recipientes individuais, contendo substrato organo-arenoso, cobri-las com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar diariamente; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 30 a 40 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 3 a 4 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita ou esciófita e semidecídua, característica da flo...

3.578 queimadas em agosto no Acre, recorde em 22 anos

  * Ecio Rodrigues Desde o início das medições pelo Inpe, em 1998 (com exceção de 2005, quando queimada para renovar pasto se confundiu com incêndio florestal), jamais se viu um mês de agosto no Acre com tanta fumaça. Para os incrédulos, os dados estão disponíveis em http://queimadas.dgi.inpe.br/queimadas/portal-static/estatisticas_estados/ Ainda que alguns desavisados associem a ampliação do investimento realizado em queimadas a uma suposta melhoria na dinâmica econômica e, pasme-se!, a um dito “progresso”, essa conexão não existe, tal suposição não passa de insensatez. A verdade é que se trata de um recorde assustador, e só há que se lamentar por ele. Indefensável do ponto de vista social e ambiental, a prática agrícola das queimadas é de uma estupidez econômica inadmissível – sobretudo numa região de importância planetária como no caso da Amazônia. Em tempo de valorização da ciência – quando os pesquisadores acertaram, senão todas, a grande maioria das previsões relaci...

ANGICO-PÉ-DE-ARARA – Parkia velutina Benoist

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Fabales; FAMÍLIA: Meliaceae (subfamília de Fabaceae); NOMES COMUNS: angico-pé-de-arara, angico-pé-da-folha-pequena, visgueiro;   DESCRIÇÃO ALTURA: até 42 metros; TRONCO: 70 a 120 centímetros; CASCA: rugosa, castanha a avermelhada; FLOR: rósea; FRUTO: vagem, indeiscente, achatada, marrom;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: maio a junho; FRUTOS MADUROS: outubro a novembro; DISPERSÃO: zoocórica; SEMENTE/KG: 1.200 unidades; GERMINAÇÃO: 50%; PRODUÇÃO DE MUDAS: após tratamento pré-germinativo, dispor as sementes, logo que colhidas, em canteiros em local semi-sombreado, com substrato organo-arenoso e irrigar diariamente; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 3 a 4 semanas; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 7 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita e semidecídua, que ocorre em mata de terra-firme, frequentemente perto dos rios e córre...