AMARELÃO – Aspidosperma vargasii A. DC., Aspidosperma parvifolium


* Pamella K. C. do Nascimento

TAXONOMIA
CLASSE: Magnoliopsida;
ORDEM: Gentianales;
FAMÍLIA: Apocynaceae;
NOMES COMUNS: amarelão, guatambu-oliva, guatambu-branco, tambu, pequiá-marfim;

DESCRIÇÃO
ALTURA: 15 a 30 metros;
TRONCO: 40 a 100 centímetros de diâmetro;
CASCA: espessa, fissurada, cinza-clara;
FLOR: verde-amarelada;
FRUTO: seco, deiscente, marrom-claro;

BIOLOGIA REPRODUTIVA
FLORAÇÃO: agosto a novembro;
FRUTOS MADUROS: julho a novembro;
DISPERSÃO: anemocórica;
SEMENTE/KG: 5.000 unidades;
GERMINAÇÃO: 60%;
PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em canteiros ou recipientes individuais, com substrato organo-argiloso, cobri-las com uma leve camada do substrato peneirado e irrigar 2 vezes ao dia;
EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 15 a 35 dias;
PLANTIO DEFINITIVO: muda com 5 a 6 meses.

INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA
É uma espécie heliófita e semidecídua, característica de floresta pluvial da encosta Atlântica, ocorrendo tanto no interior da floresta primária densa, como em formações secundárias. A espécie é sinônimo de Aspidosperma parvifolium.
Para a obtenção das sementes, deve-se colher os frutos diretamente da árvore, quando iniciarem a abertura espontânea e em seguida, leva-los ao sol para completarem a abertura e liberação das sementes. As sementes não possuem dormência, dispensando assim qualquer tratamento pré-germinativo.
 A madeira é muito utilizada em construção civil, como vigas, caibros, ripas, tacos para assoalhos, peças torneadas, formas para calçados, cabos de ferramentas, além de ser usada em construção naval e em marcenaria, principalmente para obras expostas. Ademais, a árvore é ornamental, podendo ser no paisagismo urbano.

DISTRIBUIÇÃO
Ocorre somente nos Estados do Acre e Amazonas.
Na mata ciliar do rio Acre é encontrada nos municípios de Capixaba, Porto Acre e Xapuri.

REFERÊNCIAS
Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 23 Jul. 2019.

LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Vol 1. Nova Odessa: Plantarum, 1992.


*Engenheira Florestal graduada pela Universidade Federal do Acre.

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