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Mostrando postagens de dezembro, 2020

QUARI-QUARA-BRANCA – Alseis sp., Alseis floribunda Schott

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Gentianales; FAMÍLIA: Rubiaceae; NOMES COMUNS: quari-quara-branca, falsa-pelada, arma-de-serra;   DESCRIÇÃO ALTURA: 6 a 14 metros; TRONCO: 30 a 60 centímetros; CASCA: fina, lisa, descamante, cinza-clara a marrom; FLOR: amarela-palha; FRUTO: cápsula, deiscente, amarelo;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: agosto a outubro; FRUTOS MADUROS: novembro a janeiro; DISPERSÃO: anemocórica e autocórica; SEMENTE/KG: 3.000.000 unidades; GERMINAÇÃO: inferior a 50%; PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as minúsculas sementes, logo que colhidas, em canteiros à pleno sol, contendo substrato arenoso, irrigando-se em seguida, de maneira a não provocar o enterro superficial das sementes; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 4 a 6 semanas; PLANTIO DEFINITIVO: não se sabe informação.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita e decídua, que rebrota facilmente qua...

Em 2020, desmatamento põe sustentabilidade em risco na Amazônia

  * Ecio Rodrigues De acordo com as medições efetuadas pelo reconhecido Inpe, 11.088 km² de florestas foram desmatadas na Amazônia entre agosto/2019 e julho/2020 – o que representa uma ampliação de 9,5% na destruição florestal, em relação ao ano passado. À parte a reação leviana e insensata do governo, a preocupação mundial se volta para o fato de que os índices de 2020 confirmam a tendência de alta observada desde 2012 – e que poderá culminar em recordes de desmatamento como os registrados em décadas passadas. Apenas para lembrar, em 1995, pela primeira e, felizmente, única vez, foram destruídos 29.059 km² de florestas, o que recrudesceu a pressão dos países associados à ONU por medidas severas, a fim de conter essa catástrofe considerada planetária. A partir daí, por meio de um dispêndio público considerável em aparato fiscalizatório, foi possível manter as taxas em níveis “toleráveis” até 2004, quando foram devastados nada menos que 27.772 km² de biodiversidade florestal...

CAPOEIRO – Colubrina acreana, Colubrina glandulosa Perk.

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Rosales; FAMÍLIA: Rhamnaceae; NOMES COMUNS: capoeiro, caçoca, saguaraji, saguari, sobrasil;   DESCRIÇÃO ALTURA: 10 a 20 metros; TRONCO: 40 a 60 centímetros; CASCA: sulcos longitudinais, áspera, rugosa, marrom-escura; FLOR: amarela-esverdeada; FRUTO: cápsula, globosa, seca, deiscente, roxo-escura;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: outubro a dezembro; FRUTOS MADUROS: dezembro a janeiro; DISPERSÃO: autocórica; SEMENTE/KG: 47.000 unidades; GERMINAÇÃO: 10% a 90%; PRODUÇÃO DE MUDAS: após tratamento pré-germinativo, dispor as semente em canteiros ou recipientes individuais, em local semi-sombreado, com substrato organo-argiloso e irrigar diariamente; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 20 a 30 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 4 a 5 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita e decídua, frequente da mata pluvial da encosta Atlân...

652 km² de florestas destruídas no Acre em 2020

  * Ecio Rodrigues Entre agosto/2018 e julho/2019 foram desmatados 682 km² de florestas no Acre. Foi a maior área devastada desde 2004 – a despeito da tendência de alta observada a partir de 2013. Com a divulgação da taxa de 2020, constata-se que o desmatamento manteve a mesma intensidade do ano passado, tendo atingido 652 km² de florestas. Considerando o período abrangido pela medição (agosto/2019 a julho/2020), integralmente sob a responsabilidade do atual governo, é possível concluir que a conservação da biodiversidade florestal permanece sem ser prioridade no Acre. O fato de os índices de devastação retrocederem aos níveis da década passada, que se supunham superados, acende o alerta. Além de representar atraso inadmissível na política pública de meio ambiente, há o risco imediato de ocorrência de uma taxa de desmatamento de 4 dígitos. Sem falar da descrença da sociedade em relação ao futuro das florestas. Não se pode esquecer que em 2003 o Acre superou a barreira dos 1...

TAXI-DO-BAIXO – Triplaris sp., Triplaris americana Cham.

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Caryophyllales; FAMÍLIA: Polygonaceae; NOMES COMUNS: taxi-do-baixo, pau-formiga, formigueiro, pau-de-novato;   DESCRIÇÃO ALTURA: 10 a 20 metros; TRONCO: 30 a 40 centímetros; CASCA: levemente fissurado, marrom-avermelhado a cinza; FLOR: rosa e creme; FRUTO: alado, seco, marrom-claro;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: agosto a outubro; FRUTOS MADUROS: novembro a janeiro; DISPERSÃO: anemocórica; SEMENTE/KG: 17.600 unidades; GERMINAÇÃO: 60%; PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor as sementes, logo que colhidas, em canteiros ou recipientes individuais, com substrato organo-argiloso, cobri-las com uma camada de 0,5 cm de substrato peneirado e irrigar 2 vezes ao dia; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 15 a 25 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 4 a 5 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita e perenifólia, característica de matas ciliares e...

Desmatamento na Amazônia volta a alcançar as altas taxas da década passada

  * Ecio Rodrigues Com a divulgação, pelo conceituado Inpe, da taxa de desmatamento na Amazônia para o período entre 1/8/2019 e 30/7/2020, constata-se que a intensidade da destruição florestal voltou a alcançar os altos níveis observados na década passada. De fato, é desanimador perceber que chegamos em 2020 com uma área total de 11.088 km² de florestas derrubadas – número que se aproxima do patamar de destruição observado em 2008 (12.911 km²), com um agravante: a tendência agora é de alta. Significa afirmar que existe a probabilidade, ou risco, como gostam os estatísticos, de chegar a acontecer um novo e preocupante recorde – à semelhança do que ocorreu em 2004, quando o desmatamento atingiu a marca absurda de 27.000 km² –, caso nenhuma ação reverta o movimento de subida. A regressão aos níveis de desmatamento observados até 2010 acende o alerta mundial. Primeiro, porque vai na contramão do compromisso brasileiro assumido perante o Acordo de Paris; segundo, porque naquela ...

PAU-ALHO – Gallesia gorazema Moq., Gallesia intergrifolia

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Caryophyllales; FAMÍLIA: Phytolacaceae; NOMES COMUNS: pau-alho, pau-d’alho, guararema, ibirarema;   DESCRIÇÃO ALTURA: 15 a 30 metros; TRONCO: 70 a 140 centímetros; CASCA: quase lisa, levemente descamante, cinza a marrom; FLOR: branca a creme; FRUTO: alado, seco, marrom-claro;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: fevereiro a abril; FRUTOS MADUROS: setembro a outubro; DISPERSÃO: anemocórica; SEMENTE/KG: 15.800 unidades; GERMINAÇÃO: 80%; PRODUÇÃO DE MUDAS: dispor os frutos em canteiros semi-sombreados ou recipientes individuais, com substrato organo-argiloso, cobri-los com uma leve camada do substrato peneirado e irrigar 2 vezes ao dia; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 10 a 20 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 3 a 4 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita e perenifólia, característica da mata fluvial Atlântica e da flore...

Inpe honra tradição e divulga taxa de desmatamento em novembro

  * Ecio Rodrigues No final do segundo tempo, como diriam os futebolistas, e a despeito da pressão da torcida do governo e do próprio ministro da ciência e tecnologia, o Inpe honrou sua reputação: em 30 de novembro último foi divulgada a taxa anual de desmatamento na Amazônia. Com efeito, há mais de 30 anos esse índice é publicado até novembro do ano de referência. A taxa de 2020, medida no período de 12 meses entre 01/8/2019 e 30/7/2020, é a primeira sob total responsabilidade do atual ministro do meio ambiente e do governo federal como um todo. Essa foi, sem dúvida, uma das razões pelas quais a divulgação pelo Inpe foi precedida de grande expectativa por parte dos envolvidos com o estudo do desmatamento na maior floresta tropical do mundo. Havia certa desconfiança em relação à postura governamental diante da obrigação moral e ética de conferir transparência às informações em torno da destruição da biodiversidade florestal na Amazônia. Na verdade, alguns movimentos levan...

ARAÇÁ – Eugenia sp., Eugenia stipitata McVaugh

  * Pamella K. C. do Nascimento   TAXONOMIA CLASSE: Magnoliopsida; ORDEM: Myrtales; FAMÍLIA: Myrtaceae; NOMES COMUNS: araçá, araçá-boi, goiaba-brasileira;   DESCRIÇÃO ALTURA: 3 a 5 metros; TRONCO: 15 a 25 centímetros; CASCA: lisa, pardo-amarronzada; FLOR: solitária e branca; FRUTO: baga, globosa, amarelo-canário;   BIOLOGIA REPRODUTIVA FLORAÇÃO: novembro a abril; FRUTOS MADUROS: janeiro a maio; DISPERSÃO: autocórica e zoocórica; SEMENTE/KG: 1.350 a 2.000 unidades; GERMINAÇÃO: 100%; PRODUÇÃO DE MUDAS: após tratamento pré-germinativo, dispor as sementes em canteiros ou recipientes individuais, com substrato organo-argiloso ou carvão vegetal, em local semi-sombreado e irrigar diariamente; EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS: 48 a 91 dias; PLANTIO DEFINITIVO: muda com 2 a 3 meses.   INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS E ETNOBOTÂNICA É uma espécie heliófita e perenifólia, bem adaptada às condições da região tropical, alta precipitação e so...