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Mostrando postagens de novembro, 2017

Vocação florestal do Acre ficou nos palanques

Tema recorrente nos idos da década de 1990, a vocação florestal do Acre, entendida como a possibilidade de lastrear o crescimento do PIB estadual na exploração da floresta, parece ter sido esquecida nas prateleiras dos pesquisadores e nos palanques dos políticos. Repetida à exaustão naquela época, a tese de que não havia conciliação possível se mostrou correta. Quer dizer, ou a dinâmica econômica se assentaria sobre a pecuária, ou sobre a biodiversidade presente no ecossistema florestal. O que prevaleceu afinal foi mesmo a criação de gado, sendo que o aproveitamento do ecossistema ficou restrito aos discursos e às pesquisas. Muitos haverão de argumentar que as águas corriam a favor da criação de boi, e que a correnteza contra a produção florestal era muito forte. Todavia, isso não é bem verdade. A sociedade, por sinal, hipotecou seu apoio, ao votar – não uma, mas várias e repetidas vezes – no grupo político que defendia a navegação rio acima. Talvez tenha faltado disposição e,...

Lançada Plataforma que dá acesso aos dados socioeconômicos e ambientais do Acre

Integrando-se ao novo sistema global de monitoramento e transparência de informações, o Acre dá mais um passo rumo ao diálogo com diferentes atores sociais sobre os avanços de sua política socioeconômica e ambiental. Trata-se de uma plataforma, disponibilizada online, com dados sobre os sistemas de produção e proteção estabelecidos no seu território. A Plataforma Produzir e Proteger (PPP) permite que o estado mostre ao mundo os seus avanços nessas áreas, além de conectar empresas e consumidores que buscam commodities produzidas de forma sustentável em jurisdições de florestas tropicais. O produto com selo de responsabilidade socioambiental agregado atrai investimentos e impulsiona as cadeias produtivas do estado. O processo de construção da Plataforma é coletivo entre governos, organizações não governamentais e pesquisadores, agregando conhecimentos e interesses dos diferentes setores da sociedade civil. Sua base de informações é gerada a partir de dados oficiais assegurando a pro...

Madeira é tema da XI Semana Florestal do Acre

Há dezessete anos que os engenheiros florestais formados na Universidade Federal do Acre, Ufac, contribuem, em seu cotidiano profissional, para estabelecer no estado o que se pode chamar de um Cluster Florestal. Trata-se de organizar a exploração da biodiversidade presente na floresta, com o propósito de elevar sua importância na economia do Acre – até o ponto de desestimular o investimento no desmatamento. Afinal, a informação científica disponível não deixa dúvida quanto ao potencial da diversidade biológica para propiciar o emprego e a renda que a sociedade demanda: a vocação florestal do Acre, apesar de repudiada pelos políticos, é reconhecida pela ciência. É nesse contexto que o curso de Engenharia Florestal da Ufac realiza anualmente a “Semana Florestal”, evento dedicado ao fortalecimento da crença de que a estruturação de um Cluster Florestal constitui a principal, talvez única, alternativa para o desenvolvimento do Acre. Em 2007 teve lugar a 1ª edição da Semana Florest...

XI Semana Florestal do Acre

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A expressiva recepção da sociedade é o que motiva a realizar a XI SEMANA FLORESTAL . O evento faz parte de uma série de eventos regulares, voltados para discutir, com periodicidade anual, o uso econômico da diversidade biológica presente na floresta acreana. A IX Semana Florestal do Acre ocorrerá entre os dias 11 e 15 de Dezembro de 2017 às 9h00min , no Anfiteatro Garibaldi Brasil na  Universidade Federal do Acre - UFAC.

Na COP 23, ONU alerta: aquecimento do planeta é catastrófico

Quando um total 195 países, ou seja, o mundo inteiro, assinou o Acordo de Paris, durante a Conferência do Clima em 2015 (COP 21), ficou convencionado que o ano de 2030 seria referência para a realização de novos cálculos e a assinatura de novo pacto em torno da mitigação do aquecimento do planeta. Agora, por ocasião da realização da COP 23, vigésima terceira conferência sobre o clima (desde a Rio 92), cujas discussões presenciais acontecem em Bonn, na Alemanha, entre os dias 06 e 17 deste mês, o relatório de monitoramento do clima, publicado pela ONU, faz um dramática advertência: a temperatura da Terra vai atingir níveis catastróficos antes de 2030. Para explicar melhor as implicações dessa constatação. Uma das inovações introduzidas no complexo processo de negociação que levou ao Acordo de Paris (e que, por sinal, possibilitou o êxito desse pacto) foi a chamada “Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada”, ou INDC, na sigla em inglês. Por meio da INDC, cada país se comp...