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Mostrando postagens de julho, 2017

A revolução da maconha já começou!

Em geral, a liberação do uso medicinal da  Cannabis sativa  e da  Cannabis indica , espécies vegetais que possuem propriedades calmantes e analgésicas, das quais é obtida a maconha, é primeiro passo para chegar-se ao uso recreativo. Esse caminho vem sendo trilhado pelo Uruguai e, eventualmente – em maior ou menor espaço de tempo –, deve ser seguido pelos demais países latinos. Mas a revolução da maconha virá, por suposto, dos americanos. Transformar a produção, o beneficiamento e o consumo da maconha num setor econômico foi o que os americanos fizeram quando duas constatações científicas passaram a ser amplamente reconhecidas pela opinião pública: primeiro, que a maconha tem efeitos terapêuticos; segundo, que os custos da criminalização são absurdos para a sociedade. Estudos envolvendo a maconha, alguns realizados durante um período de mais de 50 anos, comprovaram as propriedades medicinais da  Cannabis . Por outro lado, os custos para reprimir e penalizar...

A revolução do carro elétrico já começou!

Perante o Acordo de Paris – pacto celebrado em 2015, sendo reconhecido como o mais abrangente e representativo tratado internacional voltado para a mitigação do aquecimento global e consequentes mudanças climáticas –, um conjunto de mais de 190 países assumiu o compromisso de reduzir as emissões de carbono originadas da queima de petróleo. Uma medida drástica, todavia, proporcional à crise que se avizinha. Acontece que está no consumo dos combustíveis à base petróleo a chave para reverter os impactos ambientais, econômicos e sociais advindos da elevação da temperatura mundial. A medida é drástica porque põe em xeque o modelo de produção industrial que proporcionou riqueza aos países desenvolvidos, garantindo-lhes altos níveis de IDH. Ao desafiar esse modelo industrial, essas nações, em última análise, estão arriscando o elevado padrão social e econômico que lograram alcançar. É verdade que uma mudança de paradigma tão colossal ocorre gradualmente, exigindo tempo e planejamento...

Lagarta ataca castanheira e pode comprometer safra de 2018

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OS MANEJADORES FLORESTAIS GARANTEM QUE VEZ OU OUTRA, ANO SIM ANO NÃO, AS LAGARTAS SURGEM COMO PRAGAS E ATACAM AS ÁRVORES DE CASTANHEIRA, COMENDO TODA A FOLHAGEM. O COMPROMETIMENTO DA SAFRA DE CASTANHA DE 2018 DEPENDERÁ DA DIMENSÃO DESSE ATAQUE E DO IMPACTO SOFRIDO PELA ESPÉCIE, DENTRO DA FLORESTA OU SOBRE OS INDIVÍDUOS QUE SOBREVIVEM NOS PASTOS. PARA O GERENTE DA SECRETARIA DE AGRICULTURA DO MUNICÍPIO DE ASSIS BRASIL, ENGENHEIRO FLORESTAL WILKER NAZARENO “… ACONTECEU O ATAQUE DAS LAGARTAS EM ALGUMAS CASTANHEIRAS AQUI EM ASSIS BRASIL… PORÉM, EM CONVERSA COM ALGUNS PRODUTORES MAIS ANTIGOS, FOI FALADO QUE ISSO ACONTECE TODOS OS ANOS EM ALGUMAS ÁRVORES, MAS ELAS NÃO MORREM EMBORA PERCAM TODAS AS FOLHAS”. A ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS FLORESTAIS, EM CONJUNTO COM OS PROFESSORES DA ENGENHARIA FLORESTAL DA UFAC ESTÃO PRESTES A IDENTIFICAR A ESPÉCIE DA LAGARTA E DIMENSIONAR O TAMANHO DO ATAQUE SOFRIDO PELAS ÁRVORES DE CASTANHEIRA. COMO TODOS SABEM NA FRÁGIL ECONOMIA DO ACRE...

Desmatamento legal zero!

Perante o mundo – vale dizer, a quase totalidade dos países existentes no planeta e que assinaram o Acordo de Paris – os brasileiros se comprometeram a zerar a taxa anual de desmatamento ilegal na Amazônia até 2030. Dada a dificuldade tupiniquim em fazer cumprir a legislação ambiental, os países receberam com entusiasmo o compromisso brasileiro. Não é preciso fazer referência à desonra embutida no fato de uma nação soberana, assumindo sua incapacidade, ser forçada a prometer, no âmbito de um acordo internacional, que vai fazer valer sua própria lei em seu próprio território. Sem embargo, a persistência do desmatamento anual na Amazônia, que apresenta taxas elevadas desde 1988, quando se iniciaram as medições (antes deviam ser até maiores, já que passavam despercebidas) não será resolvida por meio da fiscalização. Acontece que, em relação ao combate ao desmatamento na Amazônia, a atuação dos gestores públicos se resume basicamente a duas estratégias: priorizar o investimento na...

O desmatamento no Acre e a doação da Noruega para a Amazônia

Nos últimos dias foi noticiado que a Noruega cortou pela metade os recursos doados ao Brasil em 2017 (equivalentes a R$ 200 milhões), sob a justificativa de que o desmatamento na Amazônia aumentou 29% em 2016, em relação ao período anterior. Como sempre apressada e simplista, a imprensa reportou o desmatamento da Amazônia, uma das maiores e mais importantes formações florestais do planeta, como apenas um graveto a mais na fogueira de queimação do governo, sem a menor preocupação em esclarecer minimamente o assunto. Parece, inclusive, existir um senso comum, segundo o qual tudo se resume à política, entendendo-se por política a arte de corromper: uma vez que todos são corruptos, o que importa é derrubar quem quer que se encontre na Presidência da República, e o país que se afogue no poço da instabilidade. Sim, o desmatamento aumentou na Amazônia, pondo em risco o reconhecimento internacional do Brasil. Mas, entre as causas desse aumento, despontam a crise econômica e a inst...